A elasticidade do amor.
Quando duas almas, cujas jornadas convergem ao encontro inesperado há que se considerar a força elástica que envolve um futuro casal enamorado.
Adiante, quase unidos, feito bobos enamorados, mal percebem que se amarfalha, feito mola pressionada, a energia condensada.... energia comprimida, força acumulada? Geralmente resulta em quase nada.
Fogo de palha, alma mal amada. Por aí dizem que não deu liga, mas prefiro acreditar em energia desperdiçada.
É bem simples de compreender. Sempre quer se prender à alguém, mas nunca quer se limitar; porquê não esticar? Num plano de ideias impensadas parece menos absurdo delimitar um intervalo entre a compressão máxima e o arrefecimento sem ruptura.
Podem dizer que os laços prendem a matéria, ou seja, a antimatéria, são fracos; concordo, mas os laços dos sentimentos não. Não o são e caso exista controvérsia, convido-vos a uma breve reflexão...
Esticar é a solução!!!
Até música já escreveram sobre isto, mas não disseram que quando desejamos que isto funcione, precisamos dialogar com o outro extremo buscando equiparar as forças, num trabalho resultante que evite o dispêndio excessivo, em troca do que é passageiro.
Este grude (nome menos romântico, mas até charmoso dependendo da entonação) se comporta de acordo com as forças da atração, feito actina e miosina numa linda contração. Chega até pulsar, qual se fosse uma primitiva transmissão; um de um lado puxa para si o outro e a isso as vezes chamamos de paixão.
Mas para que alimentarmos esta sedução, se falamos de mais, de uma maior vibração. De algo sem precedentes, intermitente, surpreendente!!! Falamos com o coração.
Esta força tamanha que já ultrapassa a escansão, dificilmente se descreve, e aqui, meu eu não mais se atreve a repetir indignamente a rima, à guisa da ritmação.
Fim da digressão.