sábado, 14 de janeiro de 2012

‎'para ouvir durante a leitura' --> http://www.youtube.com/watch?v=geDHzXg56UU

A elasticidade do amor.

Quando duas almas, cujas jornadas convergem ao encontro inesperado há que se considerar a força elástica que envolve um futuro casal enamorado.

Adiante, quase unidos, feito bobos enamorados, mal percebem que se amarfalha, feito mola pressionada, a energia condensada.... energia comprimida, força acumulada? Geralmente resulta em quase nada.
Fogo de palha, alma mal amada. Por aí dizem que não deu liga, mas prefiro acreditar em energia desperdiçada.
É bem simples de compreender. Sempre quer se prender à alguém, mas nunca quer se limitar; porquê não esticar? Num plano de ideias impensadas parece menos absurdo delimitar um intervalo entre a compressão máxima e o arrefecimento sem ruptura.
Podem dizer que os laços prendem a matéria, ou seja, a antimatéria, são fracos; concordo, mas os laços dos sentimentos não. Não o são e caso exista controvérsia, convido-vos a uma breve reflexão...
Esticar é a solução!!!
Até música já escreveram sobre isto, mas não disseram que quando desejamos que isto funcione, precisamos dialogar com o outro extremo buscando equiparar as forças, num trabalho resultante que evite o dispêndio excessivo, em troca do que é passageiro.
Este grude (nome menos romântico, mas até charmoso dependendo da entonação) se comporta de acordo com as forças da atração, feito actina e miosina numa linda contração. Chega até pulsar, qual se fosse uma primitiva transmissão; um de um lado puxa para si o outro e a isso as vezes chamamos de paixão.
Mas para que alimentarmos esta sedução, se falamos de mais, de uma maior vibração. De algo sem precedentes, intermitente, surpreendente!!! Falamos com o coração.
Esta força tamanha que já ultrapassa a escansão, dificilmente se descreve, e aqui, meu eu não mais se atreve a repetir indignamente a rima, à guisa da ritmação. 

Fim da digressão.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O tempo já nao se conta, a ele se descreve,
nunca ele mesmo se esgota.
Quem me prova que ele prescreve?

Para quem o observa, claramente apreende,
que o tempo corre célere,
isso a ninguém surpreende.
Ainda porque, se se o sente e se não o vê,
é porque inerte se encontra,
tentando o compreender...

Vá viver...

A vida de quem só reflete é uma falácia,
malbaratada e desgostosa em seu procedimento.
O tempo, o tempo é só um intento,
não o teu sustento, teu guarnimento.

Ouve quem já aprendeu a com ele passear,
e entendeu o que se quer dizer com deixar e dar tempo para o tempo passar.
É quase como aquele ditado:
"Tarde chega quem corre, como quem caminha devagar."

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A calma - te

Se a paixão nao mais te estarrece,
e a busca pelo fim da solidão te consome,
tanto, que ao teu dia escurece,
por ninguém murmurar o teu nome...

Não te apoquentes, não se apresse,
ninguém vale ainda teu sobrenome,
a angústia logo se esquece,
quando a alma se cura da fome...

domingo, 6 de novembro de 2011

Mesmo depois de tanto desecanto,
e de uma incrível jornada sem luar,
Minha alma volta à tua, em constante pranto,
meu destino é sempre a ti relembrar.

E a memória incerta do teu recanto,
insiste em pairar no ar;
se já não há mais como doer tanto,
se neste martírio tornei-me um santo,
porque não consegue a alma se libertar?

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pelo bem da palavra
que me assalta à madrugada,
vou admitir-me enternecido,
sem fingir ou montar guarda.

Vou rimar para ser mais preciso,
e me divertir nesta jornada,
isto é tão raro, é um paraíso,
sentir-se bem, com a alma lavada...

Como se estivesse tudo tão quieto,
e aquilo que antevejo fosse o mais certo,
para a alma cansada de sofrer.

Como um pesadelo do qual me liberto,
e estando agora para a vida desperto,
pronto para realmente viver...

sábado, 10 de setembro de 2011

Fruto de minha displicente dedicação, inspirado pelo amor sem aparente solução...

Nem sei como ou que dizer,
sem que minha alma se parta em duas,
sem que eu diga não sentir falta das tuas,
maneiras de simplesmente ser...

É sempre, e é o mesmo tempo, a se desfazer,
num um jogo de escusas digressões...
Em que tolos, teceremos nossas ilusões,
à guisa de um destino conceber.

E a vida, vai, iludindo os corações,
pois semeamos sempre as mesmas emoções,
sonhando, ao invés de viver.

Triste é ficar procurando a solução,
para o que não se resolve numa única escansão,
que só o tempo é capaz de resolver.

sábado, 25 de junho de 2011

Poesias nunca são o suficiente,
para se dizer o que realmente se sente.

Pode ser que o papel não aceite as letras,
ou que o leitor não compreenda o que elas não dizem,
mesmo assim, escrevem-nas,
e a isto damos o nome de vontade.

Já a inspiração, é um outra coisa.
Não completamente diferente, mas semelhante,
em níveis teoricamente incipientes.

São ideias inatas ou distributivas,
são coisas ainda sem definição,
ou certezas dogmáticas sem nenhuma contradição...
Isto pode ser a inspiração,
ou não..

Só não se pode dizer que ela não existe,
além de deixar o poeta mais triste,
seria como negar-lhe sentir qualquer emoção.

Não se resume numa palavra o que se sente,
mas também não quer dizer que deva ser diferente,
cada um sabe o que vai no coração...